Aço é uma liga metálica composta essencialmente por ferro e carbono, com variação do percentual de Carbono entre 0,008 e 2,11%.
A classificação mais comum é de acordo com a composição química, dentre os sistemas de classificação química o SAE é o mais utilizado, e adota a notação ABXX, AB se refere a elementos de liga adicionados intencionalmente XX se refere ao percentual em peso de carbono multiplicado por cem.
Além dos componentes básicos, o aço incorpora outros elementos químicos, alguns prejudiciais, provenientes da sucata, do mineral ou do combustível utilizado no processo de fabricação, como o enxofre e o fósforo.
Outros elementos podem ser adicionados intencionalmente para melhorar algumas características do aço, para aumentar a sua resistência, ductibilidade, dureza ou outra, ou para facilitar algum processo fábril, como usinabilidade, é o caso de elementos de liga como o níquel, o cromo, o molibdênio e outros.
No aço comum o teor de impurezas (elementos além do ferro e do carbono) estará sempre abaixo dos 2%.
Acima dos 2 até 5% de outros elementos já pode considerado aço de baixa-liga,
Acima de 5% é considerado de alta-liga. O aço inoxidável é um aço de alta-liga com teores de cromo e de níquel ultrapassando 20%.
O enxofre e o fósforo são elementos prejudicais ao aço pois interferem nas suas propriedades físicas, deixando-o quebradiço. Dependendo das exigências , o controle sobre as impurezas pode ser menos rigoroso ou então podem pedir o uso de um anti-sulfurante como o magnésio e outros elementos de liga benéficos.
As propriedades médias de um aço com 0,2% de carbono em peso geram em torno de:
Os procedimentos de fabricação são chamados de aciaria e são relativamente simples. Processos de fabricação: Processo de aciaria eléctrica, onde se utiliza eléctrodos e Processo de aciaria LD, onde se utiliza sopro de oxigénio no metal líquido por meio de uma lança.
Existem numerosas jazidas de minerais de ferro suficientemente ricas, puras e fáceis de explorar, além da possibilidade de reciclar a sucata.
A obtenção de formas geométricas complexas é conseguida com relativa facilidade.
Apresentam uma combinação de propriedades mecânicas que podem ser modificadas dentro de uma ampla faixa diversificando os componentes da liga e as suas quantidades, mediante a aplicação de tratamentos.
A realização de previsões de seu comportamento é possível devido à experiência acumulada na sua utilização o que reduz custos de projetos e prazos no mercado.
A importância industrial deste material é tamanha que a sua metalurgia recebe a denominação especial de siderurgia, e a sua influência no desenvolvimento humano foi tão importante que uma parte da história da humanidade foi denominada Idade do ferro.
Os relatos da fabricação de ferro têm origem na Anatólia, cerca de 2000 a.C. tendo sido a Idade do Ferro plenamente estabelecida por volta de 1000 a.C.. A tecnologia da fabricação do ferro espalhou-se pelo mundo. Em, aproximadamente, 500 a.C., chegou às fronteiras orientais da Europa e por volta de 400 a.C. chegou à China. Os minérios de ferro eram encontrados em abundância na natureza, assim como o carvão. Atualmente a maior quantidade de matéria prima para produção de aço é a sucata proveniente dos resíduos de fabricação industrial.
O método de produção era em pequenos fornos na forma de torrões ou pedaços sólidos, denominados tarugos. Estes, em seguida, eram forjados a quente na forma de barras de ferro trabalhando, possuindo maleabilidade, contendo, entretanto pedaços de escória e carvão. O teor de carbono dos primeiros aços fabricados variava de 0,07% até 0,8% sendo este último considerado um aço de verdade. Os egípcios por volta de 900 a.C. já dominavam processos relativos a tratamentos térmicos nos aços para fabricação de espadas e facas. Como quando o teor de carbono supera 0,3% o material torna-se muito duro e frágil caso seja temperado (resfriado bruscamente em água) de uma temperatura acima de 850°C a 900°C, eles utilizavam o tratamento denominado revenido que consiste em diminuir a fragilidade minimizando-a por reaquecimento do aço a uma temperatura entre 350°C e 500°C.
Os chineses produziam aços tratados termicamente por volta de 200 a.C. e os japoneses aprenderam a arte da produção de artefatos em metal dos chineses, embora tenham ajudado a espalhar o conhecimento da tecnologia da fabricação de aços, aumentando muito a produção de ferro trabalhado no mundo romano.
A produção de aço ou ferro trabalhado se estabilizou na Europa até que, no começo do século XV, começou-se a utilizar quedas d'água para insuflar ar nos fornos de fusão. A temperatura no interior dos fornos passou a ser maior de 1200°C. Desta forma, ao invés de produzirem-se os torrões, passou-se a produzir um líquido rico em carbono: o ferro fundido. Para se obter o ferro trabalhado e reduzir o teor de carbono deste ferro fundido, o mesmo era solidificado e em seguida fundido em atmosfera oxidante, utilizando carvão como combustível. Este processo retirava o carbono de ferro dando origem a um tarugo semi-sólido que após resfriamento era martelado até chegar na forma final.
A diferença fundamental entre aço e ferro fundido é que o aço, pela sua ductibilidade, é facilmente deformável por forja, laminação e extrusão, enquanto que uma peça em ferro fundido é fabricada pelo processo de fundição. O ferro fundido, também é uma liga de ferro e carbono, mas com teor de carbono entre 2,11% e 6,67%.